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Empresa vai cobrar R$ 137 mil para estudo sobre transporte público

Gasto foi criticado pelo vereador Paulo Glinski (DEM), mas pode resolver uma pendência de sete anos

CANOINHAS ? Vereador Paulo Glinski (DEM) criticou a contratação de uma empresa de Curitiba, por R$ 137,6 mil, para realizar estudo para desenvolvimento de programa de transporte de passageiros para o município de Canoinhas, na sessão de segunda-feira, 7, da Câmara de Vereadores. ?Não entendo isto, temos tantos profissionais aptos aqui a realizar este estudo,  por preço tão mais barato ou até sem custos, pois temos profissionais qualificados no própria Setor de Planejamento da prefeitura?,  questionou.

Glinski se disse surpreso com a contratação. ?Esta empresa está contratada desde junho de 2006 e ninguém sabia de nada?, reclamou. A empresa foi contratada para realizar o trabalho até 30 de dezembro de 2006, sendo que nesta data foi assinado um termo aditivo do contrato dando prazo para a elaboração do trabalho até 31 de março de 2007. Porém, mais um termo aditivo foi assinado, desta vez passando a data para o término do contrato até 30 de junho de 2007.

O estudo a ser realizado pela empresa, de acordo com os termos do contrato, prevê diagnóstico e análise da situação atual, elaboração do desenho do sistema, definição de referências de desenvolvimento, ampliação e implantação do Sistema de Transporte de passageiros de Canoinhas e custos tarifários.

 ?Não entendo esta prioridade, afinal temos tantas outras urgências onde devíamos aplicar recursos. E depois qualquer um que for na praça Lauro Muller, conseguirá pelo menos traçar um diagnóstico do transporte de passageiros na nossa cidade?, ironizou o vereador.

 

EMPRESAS DE FORA

Além de criticar a falta de critérios para definições de prioridades da administração municipal, Glinski ainda criticou com ênfase, o fato de a administração municipal somente ter convidado profissionais de outros municípios a participarem da licitação. Foram convidadas duas empresas de Joinville, uma de Curitiba e outra de Lages.

?Pelo jeito a administração municipal, definitivamente, não acha que temos profissionais competentes por aqui. O que é de fora é sempre melhor?, disse.

 

CONTRAPONTO

Prefeito Leoberto Weinert (PMDB) não quis entrar no mérito do preço pelo serviço contratado, limitou-se apenas a dizer que houve processo licitatório e isso comprova a lisura do processo. Quanto ao aspecto legal da questão, Weinert lembrou que o ex-prefeito Orlando Krautler (PSDB) e os proprietários do Coletivo Santa Cruz, que teve o prazo de concessão de exploração dos serviços de transporte público em Canoinhas expirado há sete anos, tiveram seus bens indisponibilizados pela Justiça por estarem operando sem concessão e com anuência da prefeitura.

O assunto vem sendo discutido desde a legislatura passada na Câmara, mas nenhum processo licitatório foi aberto.

Secretário da Administração Argos Burgardt defende o trabalho da empresa Magno Bosco, que fará o estudo, como imprescindível. ?Não discuto a questão dos valores até mesmo porque foi aberto um processo licitatório e te garanto que o menor preço foi o escolhido?, afirma. Burgardt disse ainda que hoje ninguém sabe qual seria o sistema ideal de transporte para Canoinhas, daí a necessidade do estudo com vistas a abertura do processo licitatório. ?Não podemos correr o risco de contratar uma empresa com valor de passagem barato demais e depois termos um péssimo serviço oferecido?, exemplificou.
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